O Projeto Redesenhar Cicatrizes é uma iniciativa da Associação EuroPlural Project, sediada em Braga, que utiliza a arte da tatuagem como meio de ressignificação pessoal, fortalecimento da autoestima e promoção do bem-estar psicossocial.

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Idealizado por Joana Teixeira, assistente social e doutora em Sociologia, com percurso nas áreas da violência, saúde mental, políticas públicas e desigualdades de género, e por Marcos Palmito, tatuador e designer gráfico com mais de 20 anos de experiência nacional e internacional em tatuagem artística e cobertura de cicatrizes, o projeto alia conhecimento científico, social e artístico para criar percursos de reconstrução identitária e emocional.

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O Redesenhar Cicatrizes acolhe gratuitamente mulheres que convivem com cicatrizes resultantes de violência, processos de autoflagelação ou cirurgias mamárias decorrentes do tratamento oncológico. Nesses contextos, a tatuagem atua não apenas como intervenção estética, mas como dispositivo simbólico de reconstrução e de reapropriação do corpo — um gesto que afirma autonomia, dignidade e potência de vida.

Inspirado nos princípios da Prescrição Social, o projeto insere-se numa abordagem ampliada de saúde, que reconhece a interdependência entre as dimensões física, emocional, relacional e cultural do bem-estar. O uso da arte, nesse contexto, assume um papel transformador e social, contribuindo para a reconstrução da imagem corporal, a redução do estigma e a integração das participantes nas redes comunitárias.

Para muitas mulheres, tatuar sobre as cicatrizes significa reinscrever uma história sobre o próprio corpo.

 

Como expressou uma das participantes do projeto:

“A minha tatuagem não é um adorno. É a maneira que encontrei de dizer a mim mesma: sobrevivi. Mas mais do que isso, promovi uma nova relação comigo mesma. E hoje, carrego no corpo não só o que vivi, mas aquilo em que me tornei.”

O Projeto Redesenhar Cicatrizes propõe, assim, novas formas de olhar e de se reconhecer, afirmando o direito à reconstrução simbólica do corpo e à expressão da própria história.

Para saber mais sobre o projeto ou entrar em contacto, acompanhe o @redesenharcicatrizes no Instagram.